quarta-feira, fevereiro 10

Refluxo Gastroesofágico (RGE)

            A sua ocorrência é maior em lactentes, especialmente prematuros, decrescendo com o avançar da idade e comumente desaparecendo aos 24 meses de vida. Em recém-nascidos de muito baixo peso observa-se uma incidência de 2,8 a 10% dos casos.
As manifestações clínicas geralmente se apresentam na criança sob a forma de choro fácil, irritabilidade, alterações no padrão do sono, diminuição do apetite, perda ponderal, tosse crônica e regurgitação pós-prandial. Nos casos em que ocorre a persistência das manifestações mencionadas associados ou não a outros sintomas além da faixa etária expectante para o seu desaparecimento fisiológico esta condição passa a ser considerada um distúrbio patológico, denominando-se Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRG).
Neste sentido, é muito importante que os pais e cuidadores observem a presença destes sintomas de forma que possa estar atentos para a frequência de possíveis episódios de refluxo com o intuito de buscarem a ajuda do profissional da medicina responsável pelos cuidados pediátricos para a realização do diagnóstico o mais breve possível.
            O diagnóstico geralmente é clínico, ou seja, baseia na sintomatologia apresentada pela criança. Contudo, a utilização de exames complementares como a PHmetria, a Cintilografia, a Ultrasonografia e o Exame radiológico podem ser associados para a sua consolidação.
O tratamento do refluxo fisiológico geralmente é expectante e baseia-se principalmente em medidas preventivas de possíveis episódios. As orientações aos pais e cuidadores de crianças com refluxo gastroesofágico torna-se o ponto principal neste processo. Neste sentido, a fisioterapia como parte integrante da equipe multidisciplinar de saúde tem como função não apenas intervir nas complicações respiratórias por meio de conduta específica como também preveni-las sob a forma de medidas de educação em saúde.
            Dentre as orientações que devem ser direcionadas aos responsáveis pela criança incluem:
  • Utilização de decúbito elevado à 30º a 45º;
  • Evitar a utilização de roupas que causem constrição na criança, assim como manobras oscilatórias bruscas após as refeições;
  • Não posicionar a criança em decúbito dorsal logo após o término da mamada; pois esta postura favorece o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago;
  • Utilizar o arnês para garantir um posicionamento adequado da criança enquanto dorme;
  • Procurar fracionar as refeições, evitando o enchimento excessivo do estômago;
  • Estimular a amamentação ao seio, pois este alimento é de fácil digestibilidade para a criança;
  • Evitar alimentos considerados estimuladores do refluxo como os alimentos temperados, ácidos, irritantes esofágicos e as bebidas gaseificadas;
  • Realizar uma maior quantidade de pequenos orifícios no bico de borracha da mamadeira como forma de controlar o fluxo do alimento e com isso prevenir os engasgos e as regurgitações, etc.
Essas são algumas das informações que podem ser ofertadas aos pais e cuidadores como uma forma de evitar a frequência dos episódios de refluxo até que haja comumente a maturação fisiológica do EEI e consequentemente a resolução desta disfunção tão comum na atualidade.
A realização de tratamento farmacológico é direcionada em casos graves de refluxo cujo objetivo consiste em melhorar a motilidade do trato gastrintestinal, com efeitos de aumentar o tônus do EEI e acelerar o esvaziamento gástrico. Já o tratamento cirúrgico pode ser considerado em casos de persistência dos sintomas com riscos para as complicações secundárias, principalmente as respiratórias, como também devido à falha da terapia medicamentosa.

Autores: Isolda Maria Barros Torquato (Docente UNIPÊ) e Juliana Tavares de Brito (Fisioterapeuta) no site:
http://concursoefisioterapia.blogspot.com/2009/10/refluxo-gastroesofagico-em-pediatria.html
 

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