Segundo a reportagem de Daniel Brunet, do Jornal o Globo (do dia 13 de junho de 2010, domingo/caderno Rio/Página 23), a delegacia do Aeroporto Tom Jobim (antigo Galeão - RJ) já registrou 51 queixas este ano e as empresas aéreas tiram o corpo fora da responsabilidade.
A fiscalização e o sistema de segurança das companhias aéreas e da Infraero não são suficientes para evitar esse tipo de roubo. Desde o início do ano até a 1ª semana de junho, a Delegacia do Aeroporto Tom Jobim (DAIRJ) registrou 133 queixas de furto, sendo que 51 eram de bagagens. O número real fica difícil dizer, já que muitos não registram queixas.
Na maioria dos casos os crimes são cometidos pelos auxiliares de rampa (pessoal contratado pelas companhias aéreas, responsáveis por levar as malas para os aviões e retirá-las), segundo depoimento do Presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA) - Francisco Lemos. Ainda comenta que as empresas deveriam contratar seguranças para vigiar as bagagens entre a esteira e o avião. (será que evitaria roubo mesmo assim)
Se o passageiro não reclamar do furto da bagagem ainda na sala do desembarque, as empresas aéreas se eximem da responsabilidade. O que dificulta tudo é que a maioria só dá conta do roubo quando já deixou o aeroporto, ou seja, quando vai desfazer a mala....tudo porque a bagagem vem sem sinais de violação.
As empresas aéreas recomendam que leve seus pertences valiosos na bagagem de mão....o passageiro pode até declarar os valores dos bens que estão na bagagem despachada e conseguir que as companhias se responsabilizem por elas, mas tem que pagar uma taxa.
Os ladrões apalpam as malas para escolher o alvo. Segundo o ex-funcionário de uma das empresas de "handler" (nome dado para esses auxiliares de rampa), que trabalhou de 2005 a 2007 no Tom Jobim, a bagagem ao ser despachada segue por uma esteira até um depósito temporário, lá são colocadas num carrinho e levadas até o avião. Parte desse trajeto não é monitorado pelas câmeras da Infraero, o que facilita a ação do furto. Tudo porque já sabem onde estão as câmeras de vigilância e quando podem tirar algo das malas. (é muita putaria, né?!!) Ele ainda fala que acabam desenvolvendo uma técnica para identificar os objetos nas malas, assim que pegam as malas da esteira saem apalpando e pelo formato dos objetos, sabem se é perfume, aparelho eletrônico ou apenas roupa. Conseguem rapidamente abrir os cadeados ou zíper das malas (no meu caso os dois) sem deixar vestígio. Alerta que é mais fácil acontecer durante o embarque, pois leva mais tempo.
Já a titular da DAIRJ, delegada Maria Teresa Pezza, afirma que é mais difícil resgatar os pertences furtados devido a demora de registros das queixas. Se o registro for imediato, dá tempo de ir prontamente às empresas de handlers fazer vistorias e verificar nos armários dos funcionários. Afirma ainda que saber onde exatamente ocorreu o furto prejudica a elucidação dos casos, pois pode acontecer no embarque ou desembarque....
Das empresas que operam no Tom Jobim/ Galeão, só a TAM possui equipe própria de auxiliares de rampa/handlers, enquanto as outras terceirizam o serviço. Para conceder autorização de acesso à pista aos auxiliares de rampa, a Infraero verifica se os candidatos têm ficha criminal.
Ou seja, temos que usar verdadeiras caixas-forte como mala para evitar roubo ou andarmos com mala de mão do tamanho de uma casa.....
Registre sua queixa de furto na DAIRJ e ANAC.