Não é raro ouvir notícias a respeito das distensões musculares. Quem acompanha a transmissão de eventos esportivos pela TV, certamente já ouviu falar bastante sobre elas. Muitas pessoas que praticam exercícios, tanto as que o fazem de maneira regular quanto os "atletas de fim de semana", também já passaram por essa experiência nada agradável e geralmente bastante dolorosa.
Não é difícil entender o modo pelo qual ocorre uma distensão muscular. Os músculos são tecidos compostos das chamadas fibras musculares, onde estão localizadas células capazes de realizar contrações, encurtando determinas regiões e produzindo tensão. Essas fibras musculares são tão abundantes em nosso organismo que normalmente constituem cerca da metade do peso total do corpo humano.
Pois bem, a distensão muscular ocorre exatamente quando há rompimento de fibras musculares. Isso acontece, no mais das vezes, quando a pessoa sofre um traumatismo local, quando a musculatura não está preparada para receber uma contração muscular muito forte e rápida ou quando é executado um movimento brusco e exagerado contra uma resistência.
De qualquer modo, há circunstâncias que podem favorecer significativamente a ocorrência de distensões, tais como a escassez de flexibilidade corporal, o sobrepeso, o cansaço e a falta de aquecimento muscular adequado.
Trata-se de um quadro clínico que pode ocorrer em diferentes grupos musculares. Porém, as regiões da virilha, da coxa e da panturrilha, apresentam distensões com maior freqüência. Quando ocorre a lesão, é comum o paciente apresentar inchaços e queixar-se de fortes dores na região atingida. Além disso, devido ao extravasamento interno de sangue, é comum surgirem hematomas, cuja intensidade varia conforme a proximidade e a coloração da pele.
Habitualmente, as distensões musculares são classificadas em graus, de acordo com a gravidade da lesão. A de primeiro grau dá-se quando a quantidade de fibras musculares rompidas é muito pequena. Já a de segundo grau, apresenta um número considerável de roturas. E por fim, a distensão muscular de terceiro grau, a mais grave, ocorre quando há uma ruptura completa da musculatura, produzindo grande incapacidade de movimentar a região implicada e fortes dores.
É recomendável procurar orientação médica tão logo a distensão ocorra, sendo que na maioria dos casos é aconselhável a aplicação imediata de gelo, por cerca de 20 minutos, enquanto se aguarda a prestação do atendimento por esse profissional da saúde.
Vale assinalar que a distensão é um fenômeno diferente do estiramento muscular. Embora muitas pessoas confundam, é certo que nos estiramentos há um alongamento exagerado da musculatura, mas, sem que as fibras se rompam, como acontece nas distensões.
Os sintomas mais comuns da distensão muscular são dores locais, principalmente durante o movimento, edemas, enfraquecimento muscular e alterações na coloração e na temperatura da pele do local da lesão.
O seu tratamento depende do grau, da localização e outras particularidades de cada caso. Normalmente, são prescritos pelo médico antiinflamatórios, analgésicos e Fisioterapia.
O Fisioterapeuta pode administrar uma série de condutas que vão depender da situação concreta que lhe é apresentada. Em geral, no tratamento fisioterapêutico dessa lesão, são empregados aparelhos para combater a inflamação e promover alívio de dores e desconfortos; realizadas bandagens, compressões locais e aplicações de gelo para combater a formação de edemas e hematomas, acelerando-se assim o processo de recuperação; são, também, prescritos exercícios terapêuticos específicos, intercalados com repouso relativo.
Cuide de sua saúde, mantendo-se sempre bem informado!
*Fisioterapeuta. Crefito9/80247-F. Pós-graduada em Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Reumatológica (UNOESTE-SP). Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior (UNIGRAN-MS). Formada em Aurículo e crânio-acupuntura. Formada no método Pilates. Pós-graduanda em Acupuntura (ABA-Associação Brasileira de Acupuntura). |